A importância do Plano de Carreira para o profissional e instituição
Cabe destacar, inicialmente, o próprio título: Plano de Carreira. Plano significa uma intenção, uma espécie de guia, de norte, que disponibiliza estabelecer formas de alcançar os objetivos estratégicos desejados. Carreira significa rota, percurso, fileira, esfera de atividade da profissão. Neste sentido, estabelecendo uma junção dos significados, o conceito de Plano de Carreira refere-se à intenção de rota, de percurso, ou seja, um guia para alcançar os objetivos desejados na profissão escolhida. Todo profissional (público ou privado) tem metas a ser alcançadas. Todas as organizações públicas ou privadas têm sua missão e objetivos a atingir.
Seguindo esta linha de pensamento, o Plano de Carreira deve ser dialético, visando a interagir interesses mútuos entre o colaborador e a instituição. É o caminho do sucesso profissional, o mesmo tempo que possibilita para a Organização diminuir a rotatividade de pessoal, a melhoria da qualidade do trabalho, os ganhos financeiros e o aumento da produtividade. O profissional com um Plano de Carreira sério torna-se mais focado, mais produtivo, dedicado e possibilita um trabalho em equipe por excelência.
Para tanto, se faz necessário um Plano de Carreira voltado para a gestão de pessoas, efetivamente claro, transparente, consistente e que desenvolva oportunidades objetivas, valorativas e contemplativas reais ao profissional. Consequentemente é possível criar mecanismos para motivar, atrair, manter e engajar os profissionais da organização.
Em pleno século XXI, era da globalização, há maior necessidade de serviços e produtos de qualidade, competitividade, transformações e busca constante de resultados e bom desempenho. A área de Recursos Humanos tem o papel de suma importância na eficiência e eficácia dos seus colaboradores, demonstrando, por meio do Plano de Carreira, um diferencial consciente de zelar e cuidar dos mesmos.
Especificamente ao setor público, a política salarial estagnou-se nas últimas décadas, oprimindo o poder aquisitivo e achatamento dos salários públicos que, outrora, já foram motivos de satisfação para a classe.
Cabe ressaltar que não estamos mais na Idade Média, era feudal de suserania e vassalagem. A comunicação é instantânea, as informações são precisas, abertas e difundidas. O profissional do serviço público já não aceita mais tamanha diferença feudal entre o topo da pirâmide e a base. Para tanto, o recomendável é buscar sempre o diálogo, o entendimento e a harmonia numa remuneração equitativa, intensificando um relacionamento entre a administração pública e seu colaborador, além de obter profissionais públicos que atuem motivados, preparados e contribuindo para o desenvolvimento da organização pública.
Gerson Luís dos Santos
Diretor do Sindispge (Sindicato dos Servidores da Procuradoria-Geral do RS)