O Haiti é aqui
É lamentável e preocupante a situação deste pais que foi assolado por dois terremotos, alem dos outros problemas anteriormente enfrentados.
O Haiti O Haiti (em francês Haïti; no crioulo haitiano Ayiti) é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola (ou Ilha de São Domingos), possuindo uma das duas fronteiras terrestres da região, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste.
Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a sudoeste. A capital é Porto Príncipe .
Em 1986, Baby Doc decretou estado de sítio. Os protestos populares se intensificaram e ele fugiu com a família para a França, deixando em seu lugar o General Henri Namphy. Eleições foram convocadas e Leslie Manigat foi eleito, em pleito caracterizado por grande abstenção. Manigat governou de fevereiro a junho de 1988, quando foi deposto por Namphy.
Três meses depois, outro golpe pôs no poder o chefe da guarda presidencial, General Prosper Avril.Depois de mais um período de grande conturbação política, foram realizadas eleições presidenciais livres em dezembro de 1990, vencida pelo padre Jean-Bertrand Aristide, ligado à teologia da libertação.
Em setembro de 1991, Aristide foi deposto num golpe de Estado liderado pelo General Raul Cedras e se exilou nos EUA.A Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização das Nações Unidas (ONU) e os EUA impuseram sanções econômicas ao país para forçar os militares a permitirem a volta de Aristide ao poder.
Considerando que a situação no Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança na região, o CS decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, que assumiu a autoridade exercida pela MIF em 1º de junho de 2004. Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Commander) foi designado o General Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro. O efetivo autorizado para o contingente militar é de 6.700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá, Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.
É memorável a atitude de alguns países entre eles o Brasil de prestar ajuda humanitária ao Haiti. Contudo a que analisarmos o excesso de zelo manifestado pelo governo brasileiro,pois a Brasil vem fornecendo a ONU tropas de paz.
Torna-se um assunto delicado este, pois o exercito que em nossos pais ficam restritos as casernas, com a alegação de não ser “preparado” para exercer a atividade de policiamento ostensivo, para isso foi criado a Força de Segurança Nacional, mas verificamos que o que as forças internacionais, entre outras atividades, fazem o policiamento ostensivo no Haiti, onde efetuaram diversa prisões, que com a advento dos terremotos, muitos prisioneiros estão à solta, nas ruas, pondo em risco as equipes de salvamento, em especial a equipe brasileira, pois foi o exercito brasileiro o algoz de tais ex-prisioneiros.
Fora estes eminentes riscos que envolvem nossas equipes, surgem outras questões, como o envio de enormes hospitais de campanha que estavam até agora onde?
Guardados em algum deposito, para ser usados apenas para auxilio humanitários a países co-irmãos necessitados.Será que é preciso trazer à baila a situação em que se encontra a saúde aqui, em nosso pais: A OMS, tendo como base a qualidade da saúde pública oferecida aos seus cidadãos, classificou o Brasil em 125º lugar no ranking mundial entre 191 países. Nessa lista, o País perde até para a Bósnia e Líbano e se iguala ao Egito.
Esta realidade é diariamente comprovada pelas filas dos ambulatórios e hospitais públicos nas quais se acotovelam os que precisam de cuidados médicos. Mário Cândido de Oliveira Gomes, especialista em doenças infecciosas e parasitárias, destaca que “a saúde oferecida pelo Estado apresenta dois extremos: de um lado, números de fazer inveja ao primeiro mundo, como 0,9 topógrafos por habitante, enquanto os britânicos 0,7”.“O Departamento de Urologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) conta com o mais moderno bisturi elétrico do mundo e com um robô que atende a comandos de voz, equipamentos somente encontrados na Alemanha e Estados Unidos”.
Gomes salienta ainda que “o SUS tem milhões de defeitos, porém, apesar dos problemas e da vergonhosa classificação do Brasil no ranking da OMS, é fato que a qualidade da saúde do brasileiro melhorou muito na última década, permitindo prever, afastada a corrupção, a indolência e a má vontade de certos setores da saúde, um progresso ilimitado”.
Mais ainda vê-se também como no caso do Grupo Hospitalar Conceição, na cidade de Porto Alegre-rs, onde mais de cem servidores voluntários estão dispostos a ir para o Haiti,assim como estão sendo disponibilizadas ambulâncias equipadas,que serão retiradas de algum local onde estavam atuando, este fato também ocorre no Grau Resgate da Cidade de São Paulo, além de outros integrantes das policias militares dos estados.
Parece algo desumano trazer estes temas ao debate, mas desumana também é a situação do Pais chamado Brasil onde basta olhar para o lado que vemos exemplos de fome, doença, pessoas desabrigadas pelas enchentes, ou simplesmente pessoas que já nasceram sem um teto sobre suas cabeças.Vamos ajudar o Haiti, vamos ajudar o Brasil, mas vamos deixar que os países mais ricos ajudem mais, já ajudamos bastante, já perdemos soldados em combate pra manter a ordem neste pais.
Não temos condições de “apadrinhar” um pais tão grande como é o Haiti, mal conseguimos ajudar, através de projetos sociais, nossa população, vide o nordeste que ainda sofre com a seca e o sul que hoje sofre com alagamentos, temos vários extremos climáticos, pois somos um pais continental.Não conseguimos erradicar a fome e tampouco a violência no Brasil, esta na hora dos governantes e da sociedade como um todo reverem os conceitos de ajuda e de humanidade, pois a que se lembrar que é dos impostos pagos pelos brasileiros que saem as “ajudas humanitárias”, não das contas pessoais dos que aparecem na mídia como “salvadores da humanidade”.
Por Moisés Pacheco, servidor publico,instrutor de CFC e acadêmico de direito.
Nota do Editor: Ao contrário do autor penso que podemos e devemos sim manter nossas tropas de paz no Haiti, pois não existe diferença entre uma criança brasileira ou do Haiti passando fome, em ambos os casos é uma criança passando fome. De outro ponto de vista, não fosse as tropas no Haiti o exército brasileiro não teria se preparado para tomar conta das favelas do Rio.